domingo, 22 de novembro de 2009

SENTADO À MESA


Por aqui, por ali e o tempo vai passando... um café, uma mesa... é mesmo assim que te recebo quando na verdade marcamos um encontro.
Sentado à mesa espero-te, mas nada espero a não ser tomar o meu café contigo, ter uma conversa que poderá ser mais ou menos rica, tudo depende da química que se possa instalar. A mesa está sempre cheia de papéis, cheia de tinta, de poemas, textos e mensagens.
Um cumprimento, um sorriso, uma pulsação maior ou menor e a conversa acontece... algo mais pode ser marcado, mas com a condição de não entregar o que não devo, poderá haver novo café... mas, entendo que a maioria não passa do café. O olhar diz tudo, o sorriso mostra a realidade... verdade e falsidade são condições. Gente falsa também aparece, gente que ilude e que é iludida, gente que afinal nem era gente; mas, há que estar preparado para as situações e todo o cuidado é pouco.
Tenho conhecido muitas pessoas no café, é o lugar ideal para estar com os amigos ou possíveis amigos. E tu que parte de mim ficaste a ser? Melhor, quem ficou? Diz-me? Não consegues falar? Não interessa, na volta não eras tão importante assim quanto pensava anteriormente... traças a tua condição nesta mesa. Não olhes apenas para o que está no meio, isso não é a virtude... e chega de mentiras, porque hoje não é dia das mentiras e a verdade está esfaqueada constantemente, foges do que é e tudo isso esvai-se, a credibilidade... perde o sentido. Não te esqueças que as palavras têm muito peso e sentado à mesa perderás a cor dos meus olhos. Fica o sorriso que floreia a tua postura, a postura de um lugar de passagem.

22.11.2009
Algasul

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