sexta-feira, 17 de outubro de 2008

NO MERCADO DO TEMPO


No tempo das coisas que passam, outras coisas entram no meu ser, outras formas de percepção... entre as paredes de uma nova dimensão, a parede branca do tempo perdido vai ficando. Perdi-me no lugar das coisas que não se instalam... do resto nada mais sei.
Rasgou-se a porta na ansiedade dos nomes enquanto desapareceste nas calmas da água que corre, cortando os movimentos do dia que não se tem depois de ter passado. Passa assim o tempo e não se tem aquilo que tanto se deseja. Aquilo que desejei sempre me escapou entre os dedos, lutei em vão... mas a vida continua.

17.10.2008
Algasul

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