quarta-feira, 5 de maio de 2010

FOLHAS QUE FLUEM


Tem vindo a ser a tarde e a manhã o local do nosso encontro ainda que não estejas lá! Fluem as verdades entre as folhas perdidas, entre as promessas dos dias que não têm imagem. As imagens modificam-se, continuam a modificar-se constantemente...
Semaias rasgos de promessas, de luzes que se apagam depois dos olhos fechados! Atravessas a ria formosa, brincas na areia, escondes o tesouro e deixas-me um presente na praia do barril, no lugar das dunas, aquele lugar onde me contavas histórias e outras somas de carinho. Falavas-me de amor e de sentimentos tão belos, mas penso que nunca falaste de nada! Pensei no amor...
Pensei que um dia soubesse o que era o amor, julguei que sim, tentei mais uma vez, mas confesso que desisti, apenas errei, apenas senti que não senti mais tudo o que pensara ser a verdadeira razão de um amor que nunca existiu. Agora o que sinto? Não sei, apenas sei que tudo isto é nada... o nada de um estado que nunca poderás entender, ainda que te esforces.
Tudo tão belo ainda que o amor esteja enterrado... agora fica apenas a imensidade dos rasgos da nossa ria formosa, do nosso encontro, ainda que neste desencontro.

05.05.2010

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