quarta-feira, 28 de abril de 2010

MOLDURA DO INEVITÁVEL


Aquela palavra viaja na escuridão,
O lugar onde te contemplo ainda é tão razoável…
A luz consome a ausência do inacabado!
Procura incessante esta que descreve a densidade
Prazer este, infindo, liquido entornado
Que liquefaz um pouco mais da totalidade.

Tremulo, no breve dos controlos, no amor
Neste significado tão a meu jeito…
No meu peito feito silêncio, qual rumor
Que define o assentimento…
Do caminho longo de todo este estar.

Nesta dicotomia onde manifestas abertura
Disponibilizo aquele enunciado…
Parece-me inevitável o olhar de doçura
Que nesta moldura foi adjudicado.

Neste lugar de sorriso dissipado…
Talho a suposição das brumas do luar
Vivo na noite a saudade daquele brado…
Agora o impossível, onde te venho recordar.

28.04.2010*

PS. Para ti, com a minha dedicação constante desde os anos longínquos.

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