quarta-feira, 14 de abril de 2010

NO IMPÉRIO DO LUAR


No debruçar das palavras que tropeço,
Lanço as formas do irreprimível…
Este desejo de infinito afecto
Nas redomas onde não te esqueço
Cadencio tempestades temporárias
Qual suplício tão redondo, inquieto
Onde mereço o que não mereço.

Lembro os dias da saudade sem vontade
Esta lonjura de uma noite apaziguadora…
Venho esculpir toda a minha ansiedade
Formas que me tomam em totalidade
São estas as palavras na calada da noite
Onde este nada alguém que se afoite…
Para esta noite, a minha noite enamorada.

Falo-te assim entre o jogo do desejo…
No meu olhar ávido de ti, um beijo
Neste murmurar uma outra leitura!
Qual demora que liberta doçura…
Um gesto que guardo neste estar
Entre abraços a minha prisão, então
Nesta dança das palavras o coração
Adenso-me no império do luar.

14.04.2010
Algasul

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